CIGANOS MANIFESTAM-SE NA UMBANDA OU É ANIMISMO?

bandeira Romani
"No primeiro Congresso Mundial Romani, realizado em Orpington, na Inglaterra, em 1971, uma bandeira foi adotada como símbolo da etnia rhomá."
Os Ciganos, também conhecidos como romani, roma, boêmios, gitanos, calons, quicos, calés ou calós, são um conjunto de populações que compartilham uma origem indiana e a língua romani, originada no noroeste do subcontinente indiano. No entanto, é importante observar que o termo “Ciganos” é um exônimo e não é amplamente aceito pelas próprias comunidades romani.
Essas populações são consideradas minorias étnicas em vários países ao redor do mundo. Ao longo da história, têm sido alvo de discriminação, estigmatização e marginalização. Infelizmente, muitos dos exônimos utilizados para se referir a esses grupos também carregam estereótipos negativos e conotações pejorativas.
No primeiro Congresso Mundial Romani, realizado em 1971, foi decidido por unanimidade rejeitar todos os exônimos, incluindo “Cigano/a”, devido às suas implicações negativas e estereotipadas, bem como suas origens etimológicas controversas. Essa rejeição foi apoiada pela União Romani Internacional e pela Organização das Nações Unidas, que adotaram o termo endônimo “rom” para se referir ao povo Romani.
Na Europa, onde esses povos de origem indiana e língua romani se estabeleceram historicamente, eles são subdivididos em diversos grupos étnicos, cada um com suas próprias tradições, costumes e dialetos do romani. No entanto, é fundamental enfatizar que essa subdivisão étnica não deve ser usada como uma forma de perpetuar estereótipos ou discriminação, mas sim como uma maneira de compreender e respeitar a diversidade dentro dessa comunidade.
É necessário promover uma maior conscientização e educação sobre a história, cultura e contribuições dos povos romani, a fim de superar os estereótipos negativos e a discriminação que enfrentam. Devemos trabalhar para construir sociedades mais inclusivas e garantir o respeito pelos direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica.
Pai Eduardo de Xangô
Pai Eduardo de Xangô

Psicólogo e Pai de Santo

Nasci em um berço umbandista/católico, em uma época em que as pessoas frequentavam a Umbanda na sexta-feira e a missa no domingo. Com cerca de 22 anos de serviço e estudos prestados à religião. Minha jornada se inicia passando por alguns terreiros, até finalmente chegar na Tenda de Umbanda Pai Congo de Aruanda e Cacique Pena Branca, liderada pelo pai Marcelo de Ayra. Foi nessa tenda que aprendi a ser e a não ser, o que fazer e o que não fazer, e, principalmente, que estudar era fundamental para o meu desenvolvimento espiritual e profissional, hoje pai de Santo da Tenda Luz de Aruanda e fundador do coletivo Umbanda Livre.

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